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Síndrome de Burnout

Atualizado: 4 de dez. de 2020


Pessoa sofrendo com a Síndrome de burnout

Burnout. Você certamente já viu esse termo em algum lugar, e provavelmente também já sabe que essa síndrome é ocasionada por altos níveis de estresse e tensão emocional, que causam desgastes físicos, psicológicos e emocionais. Embora esteja se tornando mais conhecida agora, ela é uma palavra antiga, e foi mencionada pela primeira vez na década de 50 em um estudo que analisou o comportamento de uma enfermeira psiquiátrica que estava desanimada com seu trabalho.

Com o passar dos anos, diversos estudos acerca do tema foram sendo realizados e foram identificados alguns padrões da síndrome, como por exemplo, o fato dela se manifestar especialmente em pessoas que trabalham na área da saúde, educação e prestação de serviços à comunidade, ou seja, são as profissões em que mais há contato humano e situações que podem elevar a tensão emocional.

No entanto, com as mudanças no cotidiano da vida moderna e com os níveis de exigência por profissionais equilibrados e satisfeitos, mesmo em ambientes que não proporcionam esse tipo de sentimento, a síndrome de burnout tem se mostrado presente na vida de profissionais de diversas áreas, justamente porque o contexto empresarial e as relações de trabalho mudaram e se tornaram mais intensos.

Como mencionado anteriormente, esse transtorno causa desgastes psicológicos, emocionais e físicos, que podem acarretar em perda de interesse pelo trabalho, o que já fez, inclusive, com que muitas pessoas abrissem mão de suas carreiras por simplesmente se sentirem esgotadas.

Ela se manifesta quando o estresse atinge um nível excessivo e contínuo, drenando sua energia, motivação, produtividade e te deixando incapaz de responder às demandas do dia a dia no ambiente de trabalho. Em outras palavras, ela é a prolongação do sentimento de estresse, que ocasiona um estado de despersonificação e principalmente esgotamento (daí o nome), e que muitos confundem com depressão, e embora não seja a mesma coisa, pode levar a ela.

Talvez, a essa altura, você já deve ter percebido o quão séria essa síndrome pode ser, e justamente por isso, é necessário reforçar a importância de se atentar aos seus sentimentos e comportamentos para que você não chegue a esse ponto.


Como identificar a síndrome de burnout


Está desconfiado que possa estar sofrendo com esse transtorno? O diagnóstico adequado só pode ser feito por um psicólogo ou psiquiatra, no entanto, você vai encontrar a seguir os 12 sinais de que ele provavelmente está se manifestando em sua vida.

1. Necessidade de aprovação: precisa mostrar para si e para os outros que é sempre capaz de qualquer coisa.

2. Trabalhar demais: além de se tornar incapaz de desligar do trabalho, reforça a necessidade de fazer tudo sozinho e o quanto antes (ligado à necessidade de aprovação).

3. Deixar as necessidades pessoais de lado: você começa a deixar de ver sentido na realização de atividades básicas como dormir, comer coisas saudáveis e em horários certos e interagir socialmente.

4. Transferir os conflitos: é nessa fase que a pessoa enxerga a existência de um problema, mas tende a ignorá-lo, passando assim, a apresentar sintomas físicos.

5. Revisão de valores: tudo aquilo que era importante para a pessoa passa a ser ignorado, como passar um tempo com a família e amigos, praticar atividades por lazer. A única coisa que passa a importar é o trabalho.

6. Negar que problemas estão surgindo: nessa fase, a pessoa começa a desvalorizar o outro, tendo comportamentos intolerantes e agressivos com seus colegas por acharem que eles são incapazes e inferiores a ela.

7. Distanciar-se: pouca ou nenhuma interação na vida social e no ambiente de trabalho.

8. Mudanças comportamentais: pode se manifestar, por exemplo, na perda do humor e/ou forte indício de desânimo.

9. Perda de personalidade: a pessoa perde sua identidade e já não reconhece mais os seus valores pessoais e nem os valores dos outros.

10. Vazio interior: nessa a fase a pessoa tende a desenvolver vícios na tentativa de preencher o vazio que está sentindo.

11. Depressão: a pessoa passa a ter um sentimento além do vazio, sem perspectiva alguma de futuro.

12. Síndrome de Burnout: corpo e mente chegam ao limite de exaustão, sendo necessário acompanhamento psicológico para reverter a situação.


Como reverter o estado de burnout


Uma vez que está relacionado a questões emocionais e psicológicas, a síndrome de burnout só pode ser revertida com acompanhamento psicológico e com tratamentos a base de medicamentos para tratar os sintomas físicos desenvolvidos ou, nos casos em que ela atingiu um estágio mais grave, com remédios controlados, como os ansiolíticos.

Por esse motivo é tão importante ficar atento aos sinais, e não permitir que você chegue a um estado mais preocupante da síndrome, onde será mais difícil reverte-la e você pode acabar precisando buscar, além do tratamento, uma mudança de emprego ou até mesmo de carreira.

Além disso, quando a síndrome atinge essa gravidade, é comum que comece a afetar não somente o seu desempenho no trabalho, mas também as suas relações com sua família e seus amigos, pois uma pessoa acometida pelo transtorno costuma apresentar comportamento agressivo, impaciente e antissocial, além de se mostrar apática e com constantes alterações de humor, pessimismo e baixa autoestima.


Se você perceber que anda mais estressado do que o normal, notar que possui alguns dos sintomas descritos nesse artigo ou se alguém te questionar sobre seu comportamento, talvez seja a hora de olhar mais atentamente para si e procurar ajuda, antes que você desenvolva a síndrome e ela atinja proporções difíceis de serem controladas.

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